terça-feira, 8 de setembro de 2015

Wall-E e Eu



Ei, alguém aí já assistiu, a animação digital, Wall-E, da Disney? Ontem minha melhor amiga Jenny, veio aqui em casa e coloquei para assistirmos. Eu já havia visto o filme (antes do ECT, ou seja, lembrava-me muito pouco) junto com o príncipe, que aliás foi quem me apresentou esse filme, que na época eu nem queria ver. 


Bom, o filme trata de temas sombrios, mas com a leveza característica dos filmes Disney. Em minha opinião, apesar dessa leveza, ele tem uma profundidade como nenhum outro desenho da Disney que eu tenha assistido antes. 


Ele trata da história de um simpático robozinho, chamado Wall-E, que tem a função de coletar e compactar lixo. Wall-E vive em nosso planeta, num futuro possível, onde só sobraram montanhas de lixo compactado da altura de arranha-céus, uma simpática baratinha (afinal, elas sobreviveriam até mesmo a um Holocausto Nuclear, né?) e Wall-E. Os seres humanos fugiram, num cruzeiro no espaço, que deveria durar cinco anos, porém que já dura 700 anos. O planeta Terra, quando da partida dos seres humanos, não estava mais apto a comportar vida. Exceto no caso das baratas. E do Robozinho.


Um dia, Wall-E, encontra uma planta. VIVA e crescendo. Para ele isso nada significa, mas para EVA, a robozinha casca grossa que chega do espaço para coletar qualquer coisa que indique que a Terra está apta novamente a receber os seres humanos, isso é a missão de sua existência. Seu propósito de vida. Ou não? Então, do encontro dessas duas inteligências artificiais, nasce o amor. E a esperança da Terra.


Não vou contar todo o filme, afinal, daí perde a graça (preguiça).


O Importante é que o filme nos faz pensar sobre esperança (para mim, que já tentei o suicídio duas vezes, isso é muito positivo).


Também sobre solidão. Às vezes eu sinto como se estivesse sozinho, exatamente como Wall-E, mesmo que no meu caso esteja em um mundo cheio de gente.


Amor, afinal, ele pode nascer das formas mais inusitadas, desde que tenhamos perseverança.


Aliás, perseverança, é tudo na vida. Sem elas, não há amor ou esperança que salve.


O filme também fala de alienação. De como nos deixamos ser manipulados e enganados pela grande massa. “Vermelho é o novo azul”


A parte em que EVA descobre tudo que Wall-E passou para salvá-la, é especialmente tocante, pois ela se coloca no lugar dele e a questionar sua programação, sua missão e suas prioridades.


Me fez pensar em como devemos valorizar o mundo que (ainda) temos.


O que mais me comoveu, no entanto, foi quando o Wall-E sofre um dano mais grave e acaba voltando a sua programação original, esquecendo de EVA e de tudo mais que viveu. Achando ser apenas, novamente um compactador de lixo. Uma espécie de HARD RESET. Foi assim que me senti quando fiz o ECT. Como se tivessem resetado meu cérebro para versão de fabrica. Agora, estou aos poucos lembrando das coisas que me mencionam ou contam, mas a verdade é que é estranhíssimo. TUDO. No geral é positivo o resultado. Mas essa amnésia que vem junto com os benefícios é extremamente perturbadora. Por isso disse que de certa forma me sinto mutilado. 


Chorei assistindo, mas ao mesmo tempo senti esperança, perseverança e também AMOR. Pelo mundo, pela natureza, por quem me rodeia, pela minha família, pelo Príncipe e até mesmo pelas baratinhas resilientes.


Portanto, recomendo o filme. Animação de ótima qualidade e dá o que pensar. Beijos aos que lerem.

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