quarta-feira, 20 de abril de 2016

Como Estou? (Saudades, Preocupação, Medo e Raiva)



Como estou?



Com medo de que Lana, minha gata que sobreviveu (ao que eu ainda não sei), morra da mesma forma misteriosa que a Sarah. Ela está comendo pouco e desde segunda-feira ela não “vai ao banheiro fazer o número 2”. Por isso, primeiramente dei para ela uma whiskas sachê, para testar se ela ia comer, e ela comeu pelo menos um pouco. 

Também está dorminhoca e miando em horas super estranhas, tipo 5 ou 6 horas da manhã. Quem costumava fazer isso às vezes era a Sarah. Talvez esse fosse o horário que elas brincavam juntas... Talvez ela esteja lamentando, pranteando a irmã, apenas prestando uma justa homenagem as sua companheira de brincadeiras e carinhos que partiu. 

Ela anda bastante carente, a gente mal a olha e ela já rola e fica com barriga para cima esperando receber carinho. Um dengo só. 

Bom, resolvi ligar para a veterinária. Primeiro fiquei sabendo que os testes de sangue que ela fez para algumas doenças felinas, deram todos negativos, graças a Deus. Depois disse para ela tudo que mencionei acima e ela mandou eu continuar dando as whiskas sachê, misturadinhas com comida sólida e observar. Se o quadro não mudasse até sábado, dever ia levar a Laura lá.

Ela disse que esse quadro é comum quando um bichinho sofre uma perda grande. E foi UMA ENORME PERDA. Mesmo que a Sarah fosse toda pequena e delgada. Ela foi melhor amiga da Lana desde quando, com cerca de quinze dias, foi resgatada da rua e levada para doação. Lá, na Pet onde minha mãe encontrou, Sarah conheceu sua futura irmã, elas foram parar na mesma gaiolinha e nunca mais desgrudaram. Quer dizer, até agora. Até, do sem nenhum sinal prévio ou preparo, a Sarah partir, sem dar Adeus nem nada. Para a Laura, ela literalmente apenas sumiu. Ela, apenas uma gatinha, como fazê-la ENTENDER uma perda como essa? Como, se nem eu mesmo entendo?

Estou com raiva reprimida também, pois toda vez que vou na casa dos meus pais, a Clarisse, que trabalha lá para eles, a mesma que um dia me disse que percebera que ninguém lá em casa tem “VOZ DE COMANDO”, usando as palavras da própria, faz algo para me afrontar. Veja bem, ela sabe que tenho a doença que tenho, sabe como funciona na minha cabeça, as supostas paranoias, que eu sou mais desconfiado que a maioria das pessoas. Mesmo assim, por uma estranha coincidência, toda vez que vou lá para almoçar, falta algo para mim na mesa. Veja bem, é sempre no meu lugar, pois ela sabe o lugar onde sempre sento. Ou é um prato, ou os talheres, ou o copo. Café ela sempre passa depois do almoço, ou no meio da manhã. A não ser que eu esteja lá e meu pai não. Daí ela não passa. Ou passa quando estou quase ou indo embora. Gente, eu sei passar café. Não sou aleijado nem nada, mas é só comigo que ela NÃO é GENTIL E PRESTATIVA. Para as outras pessoas ela oferece café, coloca a louça corretamente na mesa.

Bom essa semana, segunda-feira, fui na casa deles e ela não colocou NADA de louças para mim na mesa. E ainda minha mãe mandou eu ir buscar. Eu fui, mas quando voltava pela cozinha em direção mesa da sala, acabei quebrando o prato. Não posso dizer que fiquei triste com isso, por que não fiquei. Quer dizer, até posso, ironicamente, é claro. “OOHHH, estou arrasado com esse prato que quebrou e espalhou cacos por toda cozinha.” Como a culpa era toda dessa vaca vadia, Clarisse, e ela não se prontificou a limpar, resolvi que tava na hora de ir embora. E fui. Melhor coisa que fiz. O resto do meu dia foi maravilhoso. Resolvi que vou evitar ao máximo ir na casa deles quando ela estiver. Se Deus quiser, ENQUANTO ela estiver. Pois creio que, em algum momento, ela vai escorregar e a máscara vai cair e partir-se em pedacinhos. E meus pais vão se arrepender de um dia tê-la contratado. Sei que é horrível pensar assim, mas é o único pensamento que me sobra e acalenta. E sei que estou certo. Ela também é hiper manipuladora. Isso é mais do que uma certeza, eu já vi como ela joga um pouco desse lado, outro pouco daquele. Como se diz, ela vai de acordo com o vento. Na minha tia, onde ela trabalha também, ela fala de nós, conosco, ela fala da minha tia, e por aí vai indo. 

Mas vamos largar a Clarisse agora. O tempo que se encarregue dela.

Como eu estou? 

Acho que estou bem, principalmente agora que coloquei por escrito meus sentimentos. Tenho lido horrores, e a leitura é uma coisa que queria muito voltar a conseguir fazer, APRECIANDO, devorando os livros como antigamente. Ainda não estou nesse estágio de devorar, mas estou a caminho e a parte do APRECIANDO, já conquistei. O livro que estou lendo, atualmente, é Lasher, da séries das Bruxas Mayfair, da Anne Rice. Ou, como também é conhecida, Tia Arroz. 

Também estou conseguindo voltar a assistir filmes sem sofrer de ansiedade crônica para que acabe.

Comecei a tomar café descafeinado, o que acho que influenciou positivamente nos dois itens anteriores. E estou achando ele até bem gostoso. Se não soubesse, não diria q ele não tem cafeína. 
Também voltei a pintar. Quer dizer, estou fazendo um curso de pintura, uma vez por semana, mas mesmo assim, em casa, não andava pintando. E esse fim de semana, voltei a produzir, graça a Deus.

Para terminar, então, o balanço, tenho sim, saudades, preocupação, medo e raiva, mas no fim das contas estou feliz. Estou progredindo. Conte suas bênçãos, dizem os sábios. E é isso que procuro fazer atualmente. As vezes não consigo, mas muitas vezes consigo. E assim é a VIDA. 


Ouvi esses dias, apesar de não ser religioso, um dicurso do Papa Francisco, que achei genial. Vou pegar um trechinho emprestado:
“Mas, padre, eu sou fraco, eu caio, caio”. “Mas se cai, levanta-te! Levanta-te!”. Quando uma criança cai, o que faz? Estende a mão à mãe, ao pai, para que a faça levantar."




Peço ao Grande Pai e a Grande Mãe, que sempre me deem, quando eu cair, forças para me erguer novamente, e que, se eu não tiver forças, eles ouçam meu chamado e estendam a mão para me levantar. Amém

Bom, por hoje fico por aqui.

Beijos aos que lerem.

Nenhum comentário: