Estou me sentindo triste e decepcionado.
Conheci um carinha no BADOO, um aplicativo de relacionamentos, para namoro e pegação. Hoje em dia é mais difícil de encontrar aplicativos só para namoros que tenha algum movimento, não apenas aquelas bolas de poeira do deserto. Pelo menos nos que experimentei. Ou então , mesmo sendo direcionado para namoro, você conhece o cara e a primeira coisa que ele faz é mostrar a foto do pau. Portanto uso esse aplicativo, Badoo, que é diversificado.
Mas daí, esse cara me deu “oi” nesse site de relacionamentos.. A partir daí começamos a conversar e, eu confesso, me empolguei muito mesmo. De verdade e com aquilo que pareciam bons motivos. Ele é um doce. Alto (quase minha altura), Tem a lot de pêlos nos peito (vi pela abertura da camisa dele, é divertido, tendo me feito rir o tempo inteiro desde que o conheci. Quinta feira de noite cheguei a incomodar os vizinhos, pois ri até a hora de dormir. E eu adoro rir, aquele riso genuíno e sem esforço, e isso me deixou muito feliz e ENCANTADO.
Além dele ser bonito e divertido, ele também é artista plástico, com objetivo de cursar artes na universidade federal! Trabalha como gerente numa loja de bebês (own) e, ainda que não o conheça pessoalmente, enxerguei nele (pode estar apenas nos meus olhos e percepção a coisa toda) um sorriso, calor humano, instinto protetor e uma sensação de que estarei em segurança, tudo isso num hard level filho da puta.
Só hoje, sábado, véspera do dia que iamos nos encontrar, após dois dias conversando, íamos combinar a saída. E é claro que imaginei que ficariamos, já que ele também demonstrou com palavras e atitudes, inclusive antes de mim, que também sentia isso, que era recíproco (seria isso aqueles joguinhos babacas que muitos caras fazem?). Ontem a noite cheguei a narrar um “conto erótico” para ele, pelo telefone, para vocês terem idéia. E sabe, talvez seja isso que tenha feito ele mudar a visão de mim, mesmo que injustamente. Digamos que mesmo ele tendo me dito o contrário, ele sente que eu me desvalorizei fazendo o que fiz.
Pois chego a conclusão, depois do que ele me disse hoje, que é tudo um grande mercado, uma Feira.
Não é hipocrisia o fato de eu falar isso, apesar de eu já ter agido conforme esse padrão, pois eu não sinto mais dessa forma e creio que agora enxergo de verdade como é essa coisa de “ficar sem compromisso ou exclusividade”. Sabe? Tu fica comigo, e quando não estamos perto eu fico com outro e cada um fica com quem quiser.
É como se todos fossem degustadores e degustação ao mesmo tempo. E vão de banca em banca dessa imensa feira humana, degustando, cuspindo o que não lhes agradou, provando pela segunda vez algo que acharam gostosinho (mas não o suficiente para comprar), esperando um dia encontrar aquilo que se quer ter disponível para degustar o resto da vida. Ou até mudar de paladar e preferir procurar algum "produto" mais fresco, novo.
O que me deixa realmente chateado, é saber que para essa pessoa, que não aceita estar só comigo durante o período que ficaríamos, eu não valho recusar por alguns dias, beijos ou trepadas com outras pessoas.
Algo em mim, sinaliza para ele, que me conhecer, ficar comigo não vale a pena, não vale o sacrificio de abdicar de alguns dias ficando com mais gente.
Mas bom, se eu não valho o sacrifício, fico pensando o que esse texto, principalmente a última parte, e a atitude dele fala sobre ele. O que será que ele vale nesse imenso Mercado de gente em busca (HAHAHAHAAHAHAHHA, faça-me rir) da “CURA” da solidão.
As pessoas reclamam de serem tratadas como apenas mais um pedaço de carne, mas quando encontram alguém que vai na contramão dessa tendência, o que elas fazem? Como elas tratam esse alguém, senão perpetuando o mesmo sistema podre em voga. Triste.
Beijos aos lerem. E quem quiser comenta aí. ^-^