Lá, ou pouco depois de lá.
Após tudo que
enfrentamos aqui.
Quando finalmente
chegamos
Ou achamos ter
chegado ao fim
Costumamos (fingir)
pensar haver um paraíso
para onde iremos,
Quando pensamos que
acabará
nossa cegueira
habitual.
Realmente enxergamos,
mas
Só há breu
Ausência de luz.
Há apenas escuridão.
O negror de nada ver.
E nos perdemos em
nossas palavras.
Pois as pronunciamos
mas nada sai.
Apenas nossa mudez,
que preenche
todo o vazio
invisível ao nosso redor.
Onde não há a surdez, mas mesmo assim
não ouvimos, pois não
há o que ouvir.
Onde há apenas o
Além.
Onde há apenas a
escuridão.
Onde há apenas o
silêncio inquebrantável.
O Silencio
ensurdecedor.
Que causa tamanho
desespero que pedimos,
em silêncio
Sem nem mesmo nossos pensamentos
ouvir
Para escutar algo,
qualquer coisa.
Não importa o que
E então surge aquela
vozinha,
A lhe sussurar no
ouvido,
Coisas que só você
consegue distinguir
E entender.
E se você acusar que
ela está ali
A sua solidão, a
incompreensão e ignorância alheia,
O pacto, está tudo
selado.
Pois você está no
além.
Além da razão.
E o que você ouve, é
a insanidade.
O que você ouve é sua
nova melhor amiga.
O que você ouve
É a loucura
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